Em termos antropológicos, a cultura pode ser compreendida como um sistema comum de significados, do qual fazem parte conteúdos implícitos e explícitos, que deliberadamente ou não são aceitos e seguem sendo reproduzidos através de gerações por membros de um mesmo grupo social. A partir desta definição, podemos grosso modo definir cultura escolar como uma rede de significados compartilhados pelo conjunto de atores sociais que participam e interagem na construção do cotidiano da escola.A cultura constituída no universo escolar é formada pela interação entre, de um lado, os programas, currículos oficiais, normas e legislações; e, de outro, pelos resultados da ação praticada pelos atores envolvidos no desenvolvimento desses programas: professores, gestores, funcionários, alunos e comunidade. Deste modo, a função social da escola vai além da prestação de serviços educativos básicos alicerçados por uma estrutura burocrática, uma vez que os indivíduos e suas práticas são fundamentais para a compreensão de processos pedagógicos, organizativos, de gestão e de tomada de tomada de decisões no seu interior. Nesse contexto, a capacidade de cada escola produzir sua própria cultura deriva de sua habilidade em elaborar e reelaborar uma dinâmica interna a partir dos discursos, formas de comunicação e linguagens presentes no cotidiano escolar.
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